sábado, 22 de setembro de 2012

Protesto contra filme anti-Islã deixa 15 mortos no Paquistão

Manifestantes durante protesto contra o filme que satiriza os mulçumanos em Peshawar, Paquistão - Khuram Parvez/Reuters

Ao menos 15 pessoas morreram e 200 ficaram feridas durante manifestações nesta sexta-feira em protesto contra o vídeo anti-Islã Innocence of Muslims (Inocência dos Muçulmanos, em tradução livre do inglês) nas cidades de Peshawar e Karachi, no Paquistão. Em Peshawar, cinco morreram, e em Karachi, 10, mas o número de mortos deve subir, já que hoje é o dia sagrado para os muçulmanos, que costumam se reunir ao redor das mesquitas para protestar após as orações.
A primeira morte confirmada, em Peshawar, foi de um motorista que trabalhava para a rede de televisão paquistanesa Ary News. O canal de TV informou que a vítima, identificada como Mohammed Ahmed, tinha ido ao local para trabalhar na cobertura do protesto, do qual partipavam milhares de pessoas, e acabou baleado.
Ahmed foi atingido quando estava dentro do carro de reportagem. Levado ao hospital, não resistiu. A polícia do Paquistão confirmou sua morte, mas negou que o tiro que o matou tenha partido de seus agentes. Além dele, segundo a BBC, quatro manifestantes acabaram mortos em Peshawar. Em Karachi, entre os 10 mortos, um era policial.
Cinemas - Em outros episódios violentos, uma multidão saqueou e incendiou dois cinemas em Peshawar, onde foram registrados distúrbios desde o início da manhã. As salas de exibição teriam sido escolhidas devido à programação, que inclui filmes considerados obscenos. Além disso, em Islamabad, capital paquistanesa, islamitas invadiram a embaixada americana. Perto dali, em Rawalpindi, forças de segurança tiveram que conter manifestantes.
De acordo com a agência AFP, as forças de segurança paquistanesas continuam em estado de alerta. A polícia disse que enviou agentes para os principais pontos da capital e afirmou que reforçou a segurança nos arredores das embaixadas, que na quinta-feira tiveram de ser protegidas por tropas do exército.
Num discurso televisionado, o primeiro-ministro do Paquistão, Raja Pervez Ashraf, pediu nesta sexta-feira a seus compatriotas que protestem de forma pacífica. Por precaução, o governo decidiu cortar os serviços de telefonia celular durante o dia para dificultar a coordenação de eventuais atentados talibãs ou de fundamentalistas vinculados à rede Al Qaeda.
Charge de Maomé publicada na revista 'Charlie Hebdo'
Vídeo - Nos últimos dia, o YouTube restringiu o acesso ao vídeo anti-Islã em vários países, incluindo Líbia e Egito, onde os protestos tiveram início. Outros países, como Paquistão e Sudão, bloquearam as imagens por iniciativa própria. Nos Estados Unidos, o trailer permanecerá disponível, após a decisão de um juiz de Los Angeles que recusou o pedido de uma atriz que alegava ter sido enganada pelos produtores do filme.
Confrontos - A onda de protestos contra o filme que ridiculariza o profeta Maomé começou no dia 11 de setembro. Naquela noite, um atentado à embaixada americana em Bengasi, na Líbia, deixou quatro mortos, incluindo o diplomata J. Christopher Stevens. O vídeo, produzido nos EUA, foi condenado pelo presidente Barack Obama e considerado "repugnante" por sua secretária de Estado, Hillary Clinton. Os conflitos, que varrem o mundo árabe, já deixaram mais de 30 mortos, segundo a agência Reuters.
Líbia - Na cidade de Bengasi, centenas de manifestantes expulsaram nesta sexta-feira à noite o grupo salafista Ansar al-Sharia de seu quartel-general e incendiaram a instalação militar. Sob pressão dos manifestantes, os membros do grupo acusado de ser o responsável pelo ataque ao consulado americano atiraram para o alto antes de deixar a base, que foi atacada por centenas de moradores. "Não aos grupos armados", "Sim ao Exército na Líbia", estava escrito nos cartazes exibidos pelos manifestantes.
Outros cartazes apresentavam homenagens ao embaixador americano morto no ataque: "A Líbia perdeu um amigo", "Queremos justiça para Stevens". Antes de irem para a base da Ansar al-Sharia (Partidários da Lei Islâmica), os manifestantes já tinham expulsado uma outra milícia que ocupava um antigo prédio da segurança líbia no centro da cidade.
(Com agências EFE, AFP e Reuters)


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

7 reis com apelidos bizarros

por Ana Carolina Prado


Os sobrenomes só começaram a ser usados da maneira como fazemos hoje a partir do século 15. Antes, só se diferenciava uma pessoa de outra do mesmo nome por meio de apelidos, que muitas vezes faziam referência à profissão ou a características físicas (e morais). Na França, por exemplo, eram comuns apelidos como Bienboire (“bom de copo”) e Fritier (“vendedor de peixe frito”). Para os monarcas, cujo nome passava de geração para geração, os apelidos eram ainda mais importantes e mais atrelados a particularidades (algumas vezes, bizarras) do seu dono. Listamos aqui sete dessas alcunhas. Inspire-se nelas para criar seu nickname na próxima rede social.
Carlos II, o Enfeitiçado
Rei da Espanha de 1665 a 1700
O último rei da família dos Habsburgos a reinar sobre a Espanha e parte da Itália era tão repulsivo que todo mundo – inclusive ele próprio – achava que era culpa de algum feitiço ou maldição. Ele chegou até a ser exorcizado.  Além de ter nascido com raquitismo e epilespsia, ele tinha problemas mentais, babava e só foi aprender a falar com quatro anos de idade. Só aos oito começou a andar. Com medo de sobrecarregar o doente, sua família lhe tratava com tanta indulgência que ninguém nem exigia que ele andasse limpo. Carlos também tinha várias superstições e dormia com amuletos debaixo do travesseiro, como fios de cabelo e unhas cortadas. Mas o problema não tinha a ver com poderes malignos. Em sua família, eram muito comuns casamentos entre parentes. Para se ter uma ideia, a mãe de Carlos era sobrinha do pai dele e filha da Imperatriz Maria Ana de Espanha. Assim, a Imperatriz era simultaneamente sua tia e sua avó. A combinação pode ter favorecido doenças genéticas. Está vendo o queixo esquisito do rei na pintura acima? Essa característica era comum em sua família e é causada por uma desordem genética chamada prognatismo mandibular. Como consequência, Carlos não conseguia mastigar direito e mal dava para entender o que ele falava. A loucura também acometeu vários de seus familiares.
Luís V, o Preguiçoso 
Rei da França de 986 a 987
Por causa de sua falta de iniciativa, o último rei da Dinastia Carolíngia da França recebeu o desagradável apelido de “Indolente” ou “Preguiçoso” ou “o Não-Faz-Nada”. Mas justiça seja feita: ele reinou por apenas um ano. Subiu ao trono quando tinha 19 anos e morreu no ano seguinte.  Além disso, o poder nessa época ficava quase sempre nas mãos dos nobres. Então, sobrou pouca coisa para ele fazer.
Selim II, O Bêbado
Imperador Otomano de 1566 a 1574
Selim II ganhou o nome graças ao seu desinteresse pelo governo, especialmente no quesito militar. Ele foi o primeiro sultão a ter tanto, digamos, desprendimento, deixando o poder nas mãos de seus ministros para ficar livre para ir atrás do que realmente importava: orgias, vinho, farras. Sua morte deu ainda mais força ao apelido. O imperador levou um tombo enquanto tomava banho bêbado. Em seguida, foi acometido por uma forte febre e acabou batendo as botas.
Pepino III, o Breve
Rei dos Francos, de 752-768
Embora as biografias não apontem suas medidas, ele era considerado baixo. Daí o apelido “Breve”. Já Pepino era seu nome de verdade –  e era bastante comum em sua família. Seu avô e tataravô também se chamavam assim e ele teve um neto, filho de seu filho Carlos Magno, que era conhecido como Pepino, o Corcunda.  Este, apesar do problema na coluna, era descrito como um homem atraente e muito amável. Pepino, o Corcunda não chegou a virar rei (foi preterido por um irmão mais novo, batizado com o mesmo nome) e , depois de uma tentativa frustrada de golpe para chegar ao poder, teve de passar o resto da vida como um monge.
Luís XI, o Rei Aranha
Rei da França de 1461 a 1483
O reinado de 22 anos de Luís XI foi tão cheio de maquinações políticas e redes (ou teias) de intrigas e conspirações que ele ganhou o apelido de Rei Aranha. Sutil, né? Entre os vários inimigos que conquistou estão Carlos VII (seu próprio pai), seu irmão, seu cunhado e o rei Eduardo IV da Inglaterra. Luís XI tirou o poder dos nobrezas e fortaleceu a monarquia, sendo considerado um dos principais responsáveis pela reunificação do reino e pela sua modernização.
Ivan, o Terrível
Czar da Rússia de 1533 a 1584
Os habitantes de Moscou sofreram muito durante o governo de Ivan, o Terrível. Com medo de suas reações sanguinárias e explosivas (o primeiro czar da Rússia tinha surtos episódicos de loucura), um monte de gente preferiu abandonar a cidade a viver sob o domínio do tirano. Ele arrasou cidades e matou milhares de pessoas. Por medo de conspiração, assassinou o filho com as próprias mãos. Por outro lado, Ivan fez da Rússia uma nação moderna e lançou as bases para que ela se tornasse um grande império mundial mais tarde. Você vai julgá-lo?
Maria, a Sanguinária (ou Bloody Mary)
Rainha de Inglaterra e da Irlanda entre 1553 e 1558
O reinado de Maria I, filha de Henrique VIII e Catarina de Aragão, durou apenas cinco anos. Mas foi um dos que mais renderam fofocas na história da Inglaterra. A rainha tentou, em vão, restaurar o catolicismo inglês e perseguiu a igreja que seu próprio pai havia fundado, mandando queimar 300 anglicanos vivos. Até sua meia-irmã, que se tornaria a célebre rainha Elizabeth I (aquela dos filmes), ficou dois meses presa na Torre de Londres. Hoje, Bloody Mary virou nome de uma bebida feita com vodca e suco de tomate.

Fonte:

Me fez













Você me fez despertar
Num mundo tão pequeno
Que só cabe nós dois

Você me fez crer
Que o céu é o chão
Por me deixar contemplar
Toda a beleza da galáxia
No seu sorriso

Você me fez calar
E perder todas as palavras
Que se tornam tão insignificantes
E sem sentido
Diante de tudo o que me faz sentir