terça-feira, 19 de abril de 2011

BRICS

#A sigla BRICS é um acrônimo que se faz referência aos países membros fundadores (Brasil, Rússia, Índia e China) e à África do Sul, que juntos formam uma aliança econômica de cooperação mútua.

O grupo ainda não é um bloco econômico ou uma associação de comércio formal, como no caso da UE, existem fortes indícios de que "os quatro países do BRIC têm procurado estabelecer um "clube político" ou uma "aliança", e assim converter "seu crescente poder econômico em uma maior influência geopolítica."

O termo (originalmente "BRIC") foi elaborado por Jim O'Neill em um estudo de 2001 intitulado "Building Better Global Economic BRICs". Desde então, a sigla passou a ser amplamente usada como um símbolo da transformação no poder econômico global, distante das economias desenvolvidas do G7 em relação ao mundo em desenvolvimento.

Importante salientar que não estamos tratando de um bloco econômico, e sim de uma associação comercial, onde os países participantes possuem situações econômicas e índices de desenvolvimento parecidos, cuja união visa à cooperação para alavancar suas economias em escala global.

Particularmente considero um grande equívoco rotular essa aliança de "grupo emergente" por compreender, conceitualmente, que o termo emergente se refere a: países subdesenvolvidos que progridem e alcançam destaque econômico pelo crescimento industrial e pela crescente exportação de seus produtos. No meu entendimento, o BRICS é uma aliança comercial composta por países em desenvolvimento: nações que possuem um padrão de vida entre baixo e médio, uma base industrial em desenvolvimento e um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) variando entre médio e elevado. A classificação de países é difícil, visto que não existe uma definição internacionalmente reconhecida de país desenvolvido e os níveis de desenvolvimento, econômico e social, podem variar muito dentro do grupo dos países em desenvolvimento, sendo que alguns desses países possuem alto padrão de vida médio.

Um país emergente pode desfrutar de um desenvolvimento mas, nem todo país em desenvolvimento deve ser classificado como emergente. Resumindo. Brasil e Índia são os emergentes da história. Enquanto China, Rússia e África do Sul aparecem como os 'em desenvolvimento'. Contudo, é bom ter muita cautela nos exames como ENEM e VESTIBULAR. Para boa parte dos autores "emergente" e "em desenvolvimento" representam a mesma ideia. O que, para mim, é um equívoco conceitual como já foi explicado.

Como as economias dos países BRICS complementam um ao outro?

Quem responde é o especialista chinês Yao Zhizhong, chefe do departamento de investimentos internacionais da Academia Chinesa de Ciências Sociais:

“Os países dos BRICS se complementam em termos de suas economias e de padrões de negociação. O Brasil tem minério de ferro, e a Rússia é rica em recursos energéticos, como petróleo e gás natural. A indústria indiana de serviços é muito desenvolvido, especialmente a sua indústria de software. E a força da China, como é sabido, está na fabricação. Inter-dependência entre os membros está crescendo como as suas economias se desenvolvem. Mas complementaridade não significa necessariamente que tudo está de vento em popa. O risco desse tipo de coisa é produzir um conflito, como ocorreu na disputa entre Brasil e China sobre as negociações de minério de ferro. Assim sendo, a complementaridade não é necessariamente sinónimo de benefício mútuo. Mas existe o potencial de promover o desenvolvimento mútuo, nomeadamente na sequência da crise financeira global.

Posicionamentos e reformas

A presidente Dilma Rousseff disse, durante o terceiro encontro de cúpula dos Brics, na China, que as cinco nações "não se organizam contra nenhum grupo de países" e defendeu que a "verdadeira prosperidade tem de ser compartilhada por todos".

"A agenda dos Brics não se define por oposição a nenhum outro grupo. Queremos agregar", disse. "Somos a favor de um mundo multipolar, sem hegemonias nem zonas de influência", acrescentou.


Durante o encontro, os países buscaram consenso em alguns temas de interesse comum e defenderam uma reforma no sistema monetário internacional "com reservas internacionais de ampla base", uma alusão às propostas de diversificar a atual dependência do dólar como moeda de referência.

Os países delinearam também bases para uma cooperação maior na Organização das Nações Unidas (ONU) destacando que, neste ano, todos os cinco membros do grupo fazem parte do Conselho de Segurança. No entanto, apenas Rússia e China são membros permanentes com poder de veto.

O comunicado conjunto reiterou o apoio dos países do grupo a uma reforma nos organismos multilaterais, como a ONU, o Banco Mundial e o FMI, que aumente a participação dos países emergentes e em desenvolvimento.



Fontes:

folha.uol.com.br

oglobo.globo.com

pt.shvoong.com/social-sciences/education

2 comentários:

  1. Esse BRICS vimos na aula de Geografia (IGOR) é um grupo economico ,semelhante a blocos economicos..

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